O Presidente da República, Filipe Nyusi, enaltece o trabalho desenvolvido pela Organização das Primeiras-Damas Africana para o Desenvolvimento (OAFLAD), na transformação dos comportamentos no âmbito da edificação das sociedades mais justas, inclusivas e harmoniosas, no continente.

Segundo o Chefe do Estado, a OAFLAD tem vindo a afirmar-se como importante plataforma de cooperação entre os países africanos.

Indicou que através desta organização continental, as primeiras damas africanas têm desempenhado um papel cada vez mais activo e visível na promoção de causas sociais, em especial dos grupos mais vulneráveis, no âmbito da saúde materno infantil, prevenção e combate ao HIV7SIDA, protecção da criança, rapariga e do idoso, promoção da emancipação da mulher e igualdade do género, preservação do meio ambiente, entre outras acções.

Nyusi falava nesta sexta-feira, 19 de Janeiro, em Maputo, na abertura da Conferência Internacional sobre Igualdade de Género em África, organizada pelo Gabinete da Esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi.

A conferência visava o lançamento, em Moçambique, da campanha africana Nós Somos Iguais e da Réplica do Movimento Global Desperdício Zero.

“A Campanha Somos Iguais é uma iniciativa da Organização das Primeiras-Damas Africana para o Desenvolvimento (OAFLAD) e seus parceiros para promover a igualdade de género em África, influenciando a mudança de atitudes e de comportamentos a nível das nossas famílias, comunidades, autoridades locais, sector público e privado, entre outros actores”, disse a ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane.

A governante falava nesta sexta-feira, 19 de Janeiro, em Maputo, na abertura da Conferência Internacional sobre Igualdade de Género em África, organizada pelo Gabinete da Esposa do Presidente da República.

O evento, aberto pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e dirigido pela primeira-dama de Moçambique, Isaura Nyusi, teve como objectivo central, proceder ao lançamento, no país, da campanha continental Nós Somos Iguais e da Réplica do Movimento Global Desperdício Zero.

Mais de 230 raparigas dos distritos de Chongoene, Limpopo e Xai-Xai graduaram, nesta quarta-feira, 17 de Janeiro, e receberam kits de geração de rendimento, nas áreas de confeitaria, beleza e estética, car wash, mecânica, agro-pecuária, corte e costura, electricidade e carpintaria.

A iniciativa insere-se no projecto Facilitando Impacto Duradouro para Crianças Órfãs e Vulneráveis (FILOVC) implementado pela Organização Comunitária para Saúde e Desenvolvimento (OCSIDA) sob a égide da Direcção Provincial do Género, Criança e Acção Social (DPGCAS) de Gaza e a cerimónia de entrega dos kits teve lugar na cidade de Xai-Xai, tendo contado com representantes do governo e membros da sociedade civil.

O projecto FILOVC desenvolve actividades ligadas à promoção da igualdade de género e empoderamento das mulheres, no âmbito das políticas nacionais.

“As acções preconizadas no projecto, gerando um impacto duradouro para crianças órfãs e vulneráveis, reforçam o trabalho do Governo e parceiros, o que justifica o estabelecimento de mecanismos de coordenação com outros intervenientes, quer governamentais quer da sociedade civil”, disse Lurdes Machava, directora provincial da Juventude, Emprego e Desporto, em representação da governadora da província de Gaza, Margarida Mapandzene Chongo.

Entre várias acções implementadas pelo projecto FILOVC, destacou o fortalecimento económico do público-alvo, com vista a providenciar oportunidades e habilidades para a vida, através de cursos técnicos vocacionais para raparigas e mulheres jovens de 18 a 24 anos de idade, facilitando o acesso aos estágios profissionais para lidar com o mercado de emprego, geração do emprego e melhoria das condições de empregabilidade. “Temos a consciência de que há muito ainda para fazer para as mulheres e raparigas e para que também os homens tenham acesso ao emprego decente e livres da violência”, disse.

Para Lurdes Machava, a violência doméstica, as uniões prematuras e a gravidez precoce ainda constituem barreiras para o pleno gozo de direitos e participação das mulheres e raparigas nas várias esferas do desenvolvimento. Com efeito, aponta-se como um dos principais desafios a mudança de atitude e a tomada de consciência de que a violência é um mal que deve ser denunciado e combatido afirmou a dirigente.

“Educar uma rapariga é educar uma sociedade, a educação é como uma bússola, sobretudo quando é agregado ao saber fazer. Devemos também apostar na formação e empoderamento da mulher e da rapariga, para que elas possam aceder aos recursos produtivos e participar em pé de igualdade com o homem, nas várias áreas do desenvolvimento”, frisou.

Por outro lado, apelou aos graduados para fazerem o bom uso dos ensinamentos transmitidos e dos insumos atribuídos, com vista a não entrarem em ciclo vicioso de reclamações. Enalteceu, igualmente, o envolvimento dos parceiros, apelando a expansão do programa para a zona norte da província, mais concretamente os distritos de Massangena, Chigubo, Chicualacuala, Mabalane, com a inclusão dos rapazes nesta componente.

“Reconhecemos que só educar a rapariga e excluir o rapaz estaremos a fazer uma actividade incompleta” afirmou Lurdes Machava, num apelo extensivo aos pais e encarregados, para prestarem apoio aos graduados, de modo a fazerem valer os bens adquiridos e destes desenvolverem suas vidas.

Pelo menos seis primeiras-damas africanas são esperadas na cidade de Maputo, para se juntarem à esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi, na Conferência Internacional sobre Igualdade de Género em África, a ter lugar esta sexta-feira, 19 de Janeiro.

No evento, cuja cerimónia de abertura será dirigida pelo Governo ao mais alto nível, de acordo com o jornal “Notícias”, será lançada a campanha “Nós Somos Iguais” e a réplica do movimento “Desperdício Zero”, voltadas à advocacia em prol da equidade do género e gestão sustentável de recursos naturais, respectivamente.

O encontro servirá igualmente para delinear estratégias em prol da igualdade do género, empoderamento dos grupos mais vulneráveis, com enfoque para a mulher e rapariga, no país e no continente.

Na sua página oficial numa das plataformas digitais, Isaura Nyusi explica que a campanha “Nós Somos Iguais” liderada pela Organização das Primeiras-Damas Africanas para o Desenvolvimento (OPDAD), propõe-se a promover a igualdade do género e colmatar as disparidades em todo o continente, salientando uma verdade essencial, que “nós somos iguais – e sempre fomos”.

A iniciativa está assente em quatro pilares, nomeadamente acesso aos cuidados de saúde, educação de qualidade, oportunidades económicas e liberdade em relação à violência baseada no género.

A esposa do Presidente da República destaca que a eliminação das disparidades de género em África não é um gesto de caridade para as raparigas e mulheres, mas um acto de justiça e bom senso que beneficiará a todos.

“Alcançar a igualdade do género é fundamental para impulsionar o progresso social e económico e construir o mundo que queremos. Vamos, juntos, intensificar a consciencialização sobre o poder da igualdade do género e, assim criar um futuro onde a igualdade não seja apenas um objectivo, mas uma realidade vivida por todos”, lê-se na página.

O matutino acrescenta que a escolha do mês de Janeiro para o lançamento da réplica do movimento global “Desperdício Zero”, que visa a adopção de um estilo de vida sustentável, reduzindo a pegada ambiental e construindo um futuro mais limpo e verde, é justificada pela passagem, a 24 de Janeiro, do Dia Internacional da Educação.

Para além da Primeira-Dama do Zimbabwe, Auxillia Mnangagwa, que se encontra em Maputo desde esta terça-feira, 16 de Janeiro, são esperadas cônjuges dos presidentes da Nigéria, Botswana, Malawi e Quénia e uma representante do Ruanda.

O Instituto Nacional de Acção Social (INAS, IP) Delegação de Marrupa, na província do Niassa, acaba de proceder a transferências monetárias de subsídios para mil beneficiários do Programa Acção Social Produtivo (PASP – Trabalhos Públicos Intensivos), no distrito de Nipepe, referentes a três meses de 2023.

Dirigindo-se aos beneficiários, Mónica Tomás, directora distrital de Saúde, Mulher e Acção Social em Nipepe, congratulou ao Governo e aos parceiros, pelos esforços para a implementação dos programas de Protecção Social em todo país, em particular neste distrito.

“De forma muito particular saudamos o INAS por ter conseguido trazer o subsídio às famílias beneficiárias, visto que vai alavancar a vida dos 1000 beneficiários envolvidos no programa”, disse Mónica Tomás.

Para responder à situação de escassez de alimentos que afecta algumas comunidades, a dirigente apelou para o bom uso dos valores recebidos “devendo garantir a aquisição de produtos de primeira necessidade”, frisou, incentivando aos beneficiários a apostarem na aquisição de sementes para garantir boa produção na presente campanha agrícola.

As transferências monetárias marcaram a última etapa de execução das actividades no âmbito do PASP em Nipepe, e a directora distrital de Saúde, Mulher e Acção Social no distrito exorta a todos para se engajarem na produção agrária, devendo para o efeito aproveitar ao máximo as técnicas disseminadas e melhor gestão da produção, evitando deste modo escassez de alimentos.

Por sua vez, Moisés Vulanda Razão, delegado do INAS em Marrupa, agradeceu o empenho demonstrado pelos beneficiários, sensibilizando-os a prepararem-se para o processo de graduação, uma vez que o programa está a terminar. Apelou, igualmente, para que cada beneficiário reflicta sobre alternativas a abraçar, para continuar a prover bens e alimentos ao seu agregado familiar, após o término do programa.

Recordou que o projecto de graduação a desenvolver no âmbito da Componente de Apoio ao Desenvolvimento de Iniciativas de Geração de Rendimentos (ADIGIR), deve elevar o nível de vida das famílias directas do programa e das comunidades circunvizinhas

 Quimo Omuana, em representação dos beneficiários, no povoado de Comeia, agradeceu ao Governo e ao Ministério do Género, Criança e Acção Social (MGCAS) em particular, pela implementação de programas de Protecção Social “visto que com os valores recebidos, galvanizam a vida de cada um de nós e ao mesmo tempo elevam o nível de comercialização dos pequenos comerciantes emergentes nos povoados. Os valores recebidos vão permitir adquirir sementes para as nossas machambas e aguardamos ansiosamente pelos projectos individuais a serem implementados no âmbito da graduação e ou continuidade do PASP no distrito (Nipepe) para outras famílias”, disse Quimo Omuana.