O Governador da província de Nampula, Manuel Alberto, voltou a expressar solidariedade com as pessoas idosas, com deficiência, doenças crónicas e degenerativas, crianças órfãs chefes de família ou em situação difícil.

Manuel Rodrigues, falava nesta terça-feira, 5 de Dezembro, no distrito de Nacala-Porto, na entrega de meios de compensação para pessoas com deficiência equipamentos informáticos aos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social (SDSMAS) de Meconta, Ilha de Moçambique, Moma, Mecubúri, Mogovolas, Mogincual, Larde, Lalaua, Mossuril, Nacala-à-Velha, Murrupula, Memba, Rapale, Angoche e Monapo.

O acto seguiu-se ao III Conselho Coordenador da Direcção Provincial do Género, Criança e Acção Social (DPGCAS), que decorreu sob o lema “Promover a Protecção dos Direitos do Grupo Alvo é Garantir a Inclusão Social ”.

O governante endereçou uma saudação especial aos funcionários da DPGCAS e do Instituto Nacional da Acção Social (INAS, IP) e aos parceiros, em particular, pelo empenho na implementação da agenda do Governo, no âmbito da promoção da equidade do género, direitos da criança, protecção e empoderamento das pessoas e grupos populacionais vivendo em situação de vulnerabilidade.

Por outro lado, Manuel Rodrigues destacou a necessidade de educação inclusiva, de modo assegurar a inclusão no processo educativo, de alunos com deficiência e/ou com necessidades educativas especiais, no quadro dos desafios de implementação da Estratégia Nacional de Segurança Social Básica enquadrada no Programa Quinquenal do Governo.

O chefe do Conselho Executivo Provincial de Nampula endereçou uma palavra de apresso às organizações não-governamentais, religiosas, que trabalham em prol do idoso, da criança, mulher e de outras camadas em situação de vulnerabilidade, pela dedicação e contribuição na promoção do bem-estar destes grupos.

O Centro João Batista Scalabrini, no Posto Administrativo de Ressano Garcia, distrito de Moamba, província de Maputo acolheu, este ano, mais de 1300 crianças e adolescentes.

Trata-se de um centro de acolhimento que funciona em regime aberto, para a protecção, integração e defesa dos migrantes repatriados, especialmente para crianças migrantes e em situação de vulnerabilidade.

No local, as crianças só participam em várias actividades como frequência de alguns cursos e passam refeições, regressando, no final do dia às suas casas ou de pessoas conhecidas.

Nesta quinta-feira, 7 de Dezembro, o centro recebeu visita de César Faria, cônjuge da Secretária de Estado na província de Maputo, para participar no encontro de encerramento das actividades daquela unidade social, referentes ao ano de 2023.

A visita tinha igualmente o objectivo de criar diálogo entre as autoridades e parceiros na busca de soluções que possam contribuir para a introdução de cursos ligados à agricultura, de modo a garantir a sustentabilidade do centro, bem como a melhoria das condições de vida do grupo-alvo.

Faria exortou aos presentes para se absterem de consumo e venda de drogas, práticas que prejudicam a saúde e o seu futuro.

Por sua vez, a directora do Centro, Rita de Cássia Luiz, apontou como principal objectivo da agremiação, sensibilizar a comunidade sobre os problemas sociais que afectam os direitos das crianças e adolescentes, de forma a responder aos desafios da realidade migratória, a exemplo do abuso de menores e exploração do trabalho infantil. "Temos a missão de despertar a solidariedade e o espírito natalino para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade", disse.

Refira-se aquela unidade social é frequentada por crianças e adolescentes provenientes da província de Gaza, em maior número, seguida de Inhambane, Tete, Manica e Maputo.

A entrega do material didáctico e apresentação de actividades culturais marcaram a visita, que contou com a presença de representantes do Gabinete da esposa do governador da província de Maputo, chefe do Departamento do Género, Criança e Acção Social do serviço Provincial dos Assuntos Sociais (SPAS), Raquel Macuácua, autoridades locais, técnicos do SPAS e grupo de referência de protecção a crianças migrantes.

A administradora do distrito de Monapo, na província de Nampula, Suzete Nhangumele, revela que o seu Executivo está empenhado e comprometido no combate às uniões prematuras que constituem uma prática recorrente neste ponto do país.

Falando durante a recepção de uma equipa multissectorial que se deslocou àquele distrito no âmbito da visita de trabalho do Comité Nacional do UNICEF-Espanha e Jornal “EI Pais”, um prestigiado hebdomadário publicado em Espanha, que está a levar a cabo um projecto multimídia sobre “Uniões Prematuras”, através da realização de reportagens, nos distritos de Monapo e Rapale, a em publicadas em edição especial neste matutino, aquela dirigente referiu “esperamos que a actividade desta equipa não se resuma em fazer um simples retrato do cenário vivido neste distrito, mas que contribua para auxiliar na identificação das verdadeiras causas do fenómeno e posterior eliminação das práticas culturais nocivas que contribuem para o aumento das uniões prematuras”.

Nhangumele enfatizou que contrariamente ao que tem sido veiculado, os ritos de iniciação não são em si o problema, “o principal problema reside em algumas mensagens que são transmitidas durante esses ritos, que são promovidas por algumas pessoas que estão à margem do processo de combate às uniões prematuras”.

Destacou igualmente o trabalho que o governo do Monapo tem estado a fazer para minimizar este mal neste distrito, apontando que “nós estamos comprometidos com a luta pela irradicação das uniões prematuras, por isso temos estado a visitar as congregações religiosas para transmitir a nossa mensagem e apelar aos líderes religiosos para engajarem-se nessa luta”.

Apontou igualmente o esforço que o governo tem empreendido para a criação de centros de recursos, que visam dotar as meninas e rapazes de habilidades que contribuam para prover o seu auto-sustento e afasta-los das uniões prematuras.

Refira-se que de acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca de 48 por cento das mulheres em Moçambique, com idades entre 20 e 24 anos, já casaram ou estiveram numa união antes dos 18 anos e 14 por cento antes dos 15 anos, sendo que a província de Nampula é uma das que tem maior incidência de uniões prematuras, com cerca de 130 mil casos.

A Ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, enaltece o papel da empresa “Folha Verde”, pelas suas intervenções em questões sociais, apoiando, em particular, pessoas com deficiência.

Nyeleti Mondlane falava há dias, na cidade da Matola, nas celebrações do vigésimo aniversário daquela empresa, que coincidiram com as festividades de 3 de Dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

“Felicito à “Folha Verde” pela iniciativa de comemorar o seu aniversário com as pessoas com deficiência, o que demonstra a sua responsabilidade social”, disse a governante, indicando que desde a sua criação, a empresa mostrou-se sensível às questões sociais e “testemunhamos vários eventos de solidariedade para as pessoas com deficiência, idosos, crianças e mulheres, em alguns casos, trazendo exemplos de boas práticas e de superação”, contribuindo para a elevação da sua auto-estima.

“Assistimos pessoas com deficiência a serem sujeitas a diversos tipos de violência – a física, humilhação, tanto na família e comunidade, o que resulta em desamparo e até morte - e Folha Verde mostrou que todos podemos participar na construção de uma sociedade inclusiva, onde mulheres e homens, independentemente da sua idade, condição física mental e sensorial, devem ser protegidos”, disse Nyeleti Mondlane.

Sublinhou que o respeito pelos direitos da pessoa com deficiência exige a intervenção de instituições públicas, sociedade civil, instituições religiosas, empresas e as comunidades, realizando acções, de forma articulada e coordenada, para inclusão da pessoa com deficiência em todos os domínios.

“Devemos, individualmente ou colectivamente, participar e reforçar as acções de protecção dos direitos das pessoas com deficiência, apostando na sua capacitação, na consciencialização da sociedade sobre a necessidade de respeito e valorização das capacidades deste grupo, por forma a contribuir para a criação de um mundo cada vez mais inclusivo e equitativo para todos, sem deixar ninguém para trás”, disse.

Dirigiu um apelo especial às pessoas com deficiência, famílias e organizações, para este grupo social engajar-se na busca de oportunidades de ensino, formação vocacional e profissional, de modo a aceder a oportunidades de emprego e auto-emprego, por forma a alcançar a plena participação e inclusão.

Por outro lado, a Ministra do Género, Criança e Acção Social reiterou o compromisso do Governo, de prosseguir com esforços para a valorização e respeito dos Direitos das Pessoas com Deficiência, através da promoção da sua autonomia e bem-estar social.

A empresa “Folha Verde” adiou para 3 de Dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a celebração das bodas de porcelana (20 anos) da sua existência, feito assinalado a 1 de Novembro, como forma de renovar o compromisso de promover a inclusão e justiça das pessoas com deficiência.

Pretendeu, igualmente, homenagear a força, coragem e as conquistas daqueles que desafiam a sua condição física e fazem coisas incríveis, inspirando os outros na mesma situação a enfrentarem de forma criativa e positiva a sua condição física.

“Não apoiamos de forma incondicional, mas fazemos pesquisas para identificar pessoas que, tendo deficiência, agem como se não tivessem; assumem a sua posição de forma positiva; fizeram-se à guerra e realizaram acções que, por vezes, ultrapassam aquilo que uma pessoa considerada normal pode fazer e, fizemos isso, para que elas sirvam de exemplo a outras”, referiu Esperança Mangaze, directora-geral da empresa Folha Verde. 

Nos últimos quatro anos, mais de 103.885 agregados familiares em situação de pobreza e incapacitados para o trabalho foram atendidos no âmbito do Programa Subsídio Social Básico (PSSB) de uma meta quinquenal de 82.000 agregados familiares.

No mesmo período, mais de 12.913 agregados familiares em situação de pobreza receberam transferências sociais por tempo determinado, à luz do Programa Apoio Social Directo (PASD) de um plano quinquenal de 6.895 de agregados familiares.

Para o Governador da província de Nampula, Manuel Rodrigues Alberto, o sector do Género, Criança e Acção Social na província regista avanços assinaláveis.

Por outro lado, segundo o Governador, de 2020 ao primeiro semestre de 2023, o sector do Género, Criança e Acção Social em Nampula capacitou 1.393 mulheres em matéria de empreendedorismo e gestão de negócios, de uma meta quinquenal estimada em 1.800 mulheres.

Já nos Centros de Atendimento Integrado (CAI) e Gabinetes de Atendimento a Família e Menor Vítima de Violência foram atendidas, no mesmo período, mais de 1.854 mulheres vítimas de violência.

Mais de 75.967 crianças órfãs e vulneráveis foram atendidas nos Comités Comunitários de Protecção à Criança com o desenvolvimento das organizações parceiras.

Destaca-se igualmente a entrega de 315 meios de compensação a igual número de pessoas com deficiência, assistência a 75.967 crianças menores de dois anos em situação de vulnerabilidade, de uma meta quinquenal de 46.700, e 33.254 agregados familiares, no âmbito do Programa Acção Social Produtiva (PASP).

O governante falava nesta terça-feira, 5 de Dezembro, no 3° Conselho Coordenador da Direcção Provincial do Género, Criança e Acção Social, que decorreu no distrito de Nacala-Porto, sob o lema: “Promover a Protecção dos Direitos do Grupo Alvo é Garantir a Inclusão Social”.

Manuel Rodrigues observou, entretanto, que apesar dos avanços significativos que o sector tem registado, ainda há grandes desafios para a satisfação das necessidades da população, tendo em conta os indicadores do sector no programa da Governação Descentralizada, e exemplificou a necessidade de melhoria progressiva da capacidade de assistência à população.

O governante reiterou o compromisso do Governo em assegurar uma assistência social inclusiva, sem discriminação, garantindo comunidades livres da violência baseada no género, “pois nenhum motivo justifica a violência praticada contra mulheres e crianças”.